DISTRAÇÕES_i_IMAGENS

...um olhar sobre... as minhas IMAGENS preferidas e algumas DISTRAÇÕES ...

"A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são." (Peter Urmenyi)

"A dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros. Devem ser zeladas pelo indivíduo em particular" (Mahatma Gandhi)

"Para viajar, basta existir. " ( Fernando Pessoa )

quinta-feira, outubro 29, 2009

... 40 ANOS DE e-mail em rede ...

Pois é.
Hoje faz 40 anos.  Foi em 29 de Outubro de 1969 que foi enviada a primeira mensagem por Correio Electrónico entre dois computadores situados em locais distantes, quase dois meses depois da primeira tentativa.
Desde o início da década de 60 que surgiram os primeiros sistemas de troca de mensagens entre dois terminais de um mesmo computador, primeiro em tempo diferido e depois em tempo real.
Mas em 1969, há 40 anos, havia de surgir uma forma de comunicação completamente "revolucionária".
Com isto surgiram muitas novas formas de comunicação. As pessoas podiam, em tempo real, comunicar por escrito. Também foi o início do "spam" em 1978, depois estes com "vírus", hoje é o que temos.
Foi há 40 anos, que surgindo esta nova forma de comunicação, nascia também a possibilidade de eu estar aqui a debitar o meu "português", para uma infinidade de pessoas, que circulam neste meio desta "esfera".

Se é verdade que a rapidez e eficiência aumentou de uma forma exponencial, também é verdade que se perdeu algum romantismo no papel e na caneta, na "carta" manuscrita, onde existe sempre um "cunho pessoal".
Não escrevi assim tantas cartas como isso.
Mas gostava de receber cartas. Reconheço algum egoísmo.

Cartas.
Tantas cartas. Tantos tipos de cartas.
Como seria, se existisse e-mail em 1919, inícios de 1920.

Como seria que Fernando Pessoa, "transformaria", uma das suas cartas para Ophélia Queiroz, por quem possivelmente estaria profundamente apaixonado.

" Meu amorzinho, meu Bébé querido:



São cerca de 4 horas da madrugada e acabo, apezar de ter todo o corpo dorido e a pedir repouso, de desistir definitivamente de dormir. Ha trez noites que isto me acontece, mas a noite de hoje, então, foi das mais horriveis que tenho passado em minha vida. (...)
(...)
Diz-me uma cousa, amorzinho: Porque é que te mostras tão abatida e tão profundamente triste na tua segunda carta – a que mandaste hontem pelo Osorio? Comprehendo que estivesses tambem com saudades; mas tu mostras-te de um nervosismo, de uma tristeza, de um abatimento tães, que me doeu immenso ler a tua cartinha e ver o que soffrias. O que te aconteceu, amôr, além de estarmos separados? Houve qualquer cousa peor que te acontecesse? Porque fallas num tom tão desesperado do meu amor, como que duvidando d’elle, quando não tens para isso razão nenhuma? (...)
(...)
Estou cheio de frio, vou estender-me na cama para fingir que repouso. Não sei quando te mandarei esta carta ou se acrescentarei ainda mais alguma cousa.
Ai, meu amor, meu Bébé, minha bonequinha, quem te tivesse aqui! Muitos, muitos, muitos, muitos, muitos beijos do teu, sempre teu


Fernando 19/02/1920"


(palavrastodaspalavras.wordpress.com/.../carta-de-fernando-pessoa-para-ophelia-queiroz-portugal)
(Foram copiados alguns "pedaços")
Seria da mesma forma româtica ?
Seria da mesma forma longa ?
Teria a mesma paixão ?

Não teria certamente esperado tanto tempo para saber se Ophélia tinha ou não recebido a sua carta.
Ophélia, certamente, pegaria no seu Portátil, sentada a ver uma qualquer novela na televisão da sua sala, responderia de imediato ao "seu Fernando " (... não sou eu ...), dizendo-lhe, talvez, que também o amava.
Será que Fernando Pessoa, enquanto estava a escrever esta carta, para a sua Ophélia, estava ao mesmo tempo a ouvir uma qualquer obra musical, que lhe entrava pelas janelas da sua casa, em frente ao Teatro S. Carlos? ( Zé Pedro da Sal talvez saiba a resposta )

Não sei, o que responder ou concluir.

Uma coisa é certa, há 40 anos algo transformou o "mundo da comunicação".
Só gostava, como em tudo, que estas novas tecnologias que apareceram e vão aparecendo cada vez mais, fossem utilizadas por Homens, no sentido de contribuirem e construirem um Mundo cada vez melhor e mais justo.

Pois é. Faz hoje 40 anos. Em 29 de Outubro de 1969, era enviado o primeiro e-mail a sério.


PARABÉNS e-mail !!

Um "CINQUENTINHA" famoso, guerreiro .... e amigo ...


"Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos...
Toda ? Não ! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor.
E a vida não é nada fácil para as guarnições de legionários romanos nos campos fortificados.... "

ou ainda,

" Estes Romanos são loucos...."

Quem não leu já estas passagens.

Hoje um GRANDE pequeno personagem faz 50 anos.
ASTÉRIX e com ele o seu inseparável e inegualável amigo OBÉLIX.

As primeiras publicações surgiram em 1959 na revista Pilote.
Criação de Albert URDEZO e René GOSCINNY, entretanto já falecido.
Muitas personagens que entram nestas aventuras continuam a acompanhar-nos e a fazer as delícias de miúdos e graúdos.

Astérix o Guerreiro
Obélix o seu "arqui - amigo" , também muito amigo dos Javalis, sempre acompanhado pelo enorme guarda, o seu cão IDÉIAFIX.

ABRARACURCIX, o Chefe da Aldeia, que mantém a ordem, e sempre responsável por tomar as decisões certas no momento certo;
ASSURANCETOURIX, o Bardo que com a sua VOZ, mantém sempre a alegria e a boa disposição naquela aldeia ;
PANORAMIX, o responsável pela força e vitalidade dos nossos amigos desta aldeia, homem muito apreciado pelos Romanos, que vêm nele, sempre um "amigo para as ocasiões" .

Não me posso esquecer dos "ROMANOS", aqueles bravos guerreiros, que nunca desistem de conquistar aquela pequena aldeia. Sempre tentaram e tentam e tentam e tentam ......, na base do diálogo e das boas maneiras. Partem sempre do seu campo fortificado com coragem e vontade de vencer.

Muito mais haveria a dizer destes nossos amigos do imaginário.
Eu, apenas lhes quero agradecer, por me acompanharem na minha infância, juventude e actualmente.
Sempre fizeram parte da minha casa. Hoje acompanham também os meus filhos. Tenho a certeza que vão acompanhar os meus netos.
Apenas lhes quero agradecer pelos momentos de boa disposição que sempre me proporcionam. O que eu acho ainda mais incrível, é que leio e volto a ler e ainda leio mais uma vez e.... outra vez , e continuo a achar uma piada extraordinária.


Albert URDEZO


René GOSCINNY

Obrigado também a Urdezo e Goscinny,por um dia se terem lembrado e concretizado esta aventura. " Muitix obrigadix"

O primeiro volume destas aventuras é editado em 1961- Astérix, o Gaulês.
Até hoje, as aventuras de ASTÉRIX e OBÉLIX, estão editadas em cerca de 30 títulos e traduzidas em cerca de 83 líguas e 29 dialéctos.



PARABÉNS ASTÉRIX
(Imagens retiradas da web)

quarta-feira, outubro 28, 2009

Um VARAL GREGO ......


Um VARAL GREGO ... vindo de AEGINA, uma das lindas ilhas gregas


Esta não é minha. Foi-me emprestada pela Teresa. Tive de lhe pagar bemmmm... mas...
São Saias, senhor, são Saias! ...
O que se vê na fotografia, são saias para os visitantes do Mosteiro Ortodoxo de Agios Nektarius, para colocarem por cima, dado que não se pode entrar neste mosteiro de calças.
Tradições .....


(Foto de Teresa Ferreira)

segunda-feira, outubro 26, 2009

Fomos à FEIRA DA LADRA

Um lugar de Encontros….
Um lugar de encontros de Gentes, Amores, Culturas e Destinos….
Um lugar de Desencontros….
Um lugar de Misturas de Odores, Leituras, Interesses, …… coisas
Uma mistura de Palavras ……




No passado Sábado dia 24 de Outubro, fomos à Feira da Ladra.
Já não íamos à Feira da Ladra há muitos anos.
Da última vez, comprámos uns Ferros de Engomar antigos e até comprámos uma cama de casal. Ainda hoje existem na nossa casa.
Considero este, um lugar com algum “misticismo”. É de certeza um lugar diferente.
Uma miscelânea de pessoas, de gentes provenientes de todos os quadrantes sócio - culturais.

Algumas delas com cultura e conhecimentos invejáveis.
Rostos e Vidas diferentes deambulam pelas “ruelas e caminhos” da Feira da Ladra.

Rostos e Vidas diferentes vendem e compram…
Vendem e compram antiguidades, culturas, gastronomia.

Vendem e compram literatura, música …..
De tudo se vende e de tudo se compra na Feira da Ladra.



Actualmente a Feira da Ladra está desde 1883 instalada no Campo de Santa Clara, mesmo no centro de Lisboa. É uma das feiras mais antigas do país, penso eu. É de certeza uma feira única no nosso país à beira mar plantado.


Senti-me diferente, ao deambular por aquelas ruas, entre bancas e escaparates, um lugar que embora pareça sem ordem, tem ordem.
Senti-me, naquele lugar diferente, diferente também.


Não queríamos comprar nada em especial.
Eu apenas queria ver e observar. Olhar as pessoas, ver os rostos das gentes da Feira da Ladra.

No meio do nosso passeio, entre conversas e afirmações da veracidade do valor de uma ou outra peça, da sua antiguidade, do “regateio” até se encontrar um preço “justo”, … sim porque o preço “marcado” é tradição ser “regateado”,… ouvi alguém tocar acordeon.

Perguntei, ao dono da “banca” onde se vendiam acordeons e concertinas, quem era aquele homem. Respondeu-me que era um Eng. de Máquinas, tinha imigrado para o nosso país, vindo da Moldávia.

Não foi até Ellis Island.

Tocava com “Alma”.
Tocava com o “Coração”.

Que bem que tocava!



Chegou a hora, tínhamos de partir.


Olhámos um para o outro e dissemos que, tínhamos que voltar, para outro passeio à Feira da Ladra. Não íamos de certeza deixar passar tanto tempo.
Não é para comprar nada. É só para ir à Feira da Ladra.
Ops……, esqueci-me !
Ainda fizemos compras. Como sou coleccionador de Isqueiros, comprei dois isqueiros. A Teresa, comprou um vestido, bem bonito por sinal, feito por uma artesã que também vendia os vestidos e comprou ainda um caderno para escrever as “suas coisas”, com a capa decorada por uma jovem, que também os vendia.


É que na Feira da Ladra também há muita gente com iniciativa, com Arte na Alma e nas Mãos.



Gostei de ir à Feira da Ladra.
Gostei de estar aqui.

(Todas as fotografias são de Teresa e Fernando)
(Algumas foram "trabalhadas" informáticamente)



sexta-feira, outubro 23, 2009

quinta-feira, outubro 22, 2009

GUGGENHEIM, MUSEUS DO MUNDO E PARA O MUNDO

Ontem foi 21 de Outubro de 1959.
Neste dia, nasceu, em New York, um “bebé” para o Mundo.
Situado no Central Park e virado para a 5th. Av., surge o MUSEU SOLOMON GUGGENHEIM.


Faz hoje 50 anos que foi inaugurado.

Museu Solomon Guggenheim de New York


Museu Solomon Guggenheim de New York

O primeiro museu da Fundação Solomon Guggenheim, criada em 1937 pelo filantropo Solomon Guggenheim e pela artista Hilla von Rebay, foi inaugurado em 1939, e chamava-se o “Museu da Pintura Não-objectiva”, tendo sido aberto num pequeno espaço em Manhattan.
Alguns anos depois Frank Lloyd Wright concebeu um espaço, considerando-o um “Templo do Espírito”.
Em 21 de Outubro de 1959, abria este espaço, que o arquitecto já não o chegou a ver, dado que faleceu em Abril de 1959.
Foi muito criticado na altura, sendo hoje um dos espaços mais conhecidos e visitados do mundo. Dá privilégio, em termos arquitectónicos, às formas geométricas e à sua pureza em termos da definição de espaços. Frank Lloyd Wright não queria certamente desenhar mais um museu. Queria e conseguiu desenhar e criar um MUSEU.

A fundação é responsável pela gestão de diversos museus a nível internacional. Entre eles destacam-se :


Museu Solomon Guggenheim em New York


Museu Solomon Guggenheim de New York

Museu Guggenheim em Bilbao – inaugurado em 1997, tendo sido projectado pelo Arq. Frank Gehry;

Colecção Peggy Guggenheim em Veneza;
Deutsche Guggenheim em Berlim;
Guggenheim Las Vegas e o Guggeinheim Hermitage ambos em Las Vegas;


Já estivemos ao pé de 3 e visitámos 2, em New York e em Bilbau.
Deixo-vos aqui uma pequeníssima amostra, que foi possível registar, de dois : em New York e em Bilbau.
Em ambos, a arquitectura de vanguarda, os espaços, a luz que entra pelas janelas, as formas geométricas que definem os espaços. Tanto num como noutro museu, a sua arquitectura está de acordo com as obras expostas, tantos em termos de exposições permanentes como temporárias.

Mostro-vos de seguida algumas imagens do Museu Guggenheim em Bilbau.






Gostei de estar no Museu Guggenheim de New York.
Gostei de estar Guggenheim de Bilbau.

(Todas as Fotografias são de Teresa e Fernando)

segunda-feira, outubro 19, 2009

A Liberdade em Imagens e pouco mais...


“ The new Colossus “
Emma Lazarus
(1849 – 1887)

Não como o gigante bronzeado de grega fama,
Com pernas abertas e conquistadoras a abarcar a terra
Aqui nos nossos portões banhados pelo mar e dourados pelo sol, se erguerá
Uma mulher poderosa, com uma tocha cuja chama
É o relâmpago aprisionado e seu nome
Mãe dos Exílios. Do farol de sua mão
Brilha um acolhedor abraço universal; Os seus suaves olhos
Comandam o porto unido por pontes que enquadram cidades gémeas.
“Mantenham antigas terras sua pompa histórica!” grita ela
Com lábios silenciosos “Dai-me os seus fatigados, os seus pobres,
As suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade
O miserável refugo das suas costas apinhadas.
Mandai-me os sem abrigo, os arremessados pelas tempestades,
Pois eu ergo o meu farol junto ao portal dourado.


Retirado de “ruadajudiaria.com”


Estas são as palavras, que se encontram inscritas no pedestal da Estátua da Liberdade e que foram o contributo da poetisa Emma Lazarus, para um leilão para a recolha de fundos em 1885.

A Estátua da Liberdade, símbolo dos Estados Unidos da América, foi doada pelo governo francês, em 1875, tendo chegado a solo americano em 1885.

Foi inaugurada em 28 de Outubro de 1886, após a construção do seu pedestal, e posterior montagem, na comemoração do centenário da assinatura da Declaração da Independência dos Estados Unidos.

Tem 92 metros de altura, considerando o seu pedestal.

Na mão direita a "Tocha dourada" como que um sinal e indicação do caminho com rumo à Liberdade.

Na mão esquerda um livro com a data de 4 de Julho, Dia da Independência .

Situada em Liberty Island, na foz do Rio Hudson, foram estas as primeiras imagens que milhares, para não dizer milhões de imigrantes tiveram e recordaram para sempre, da sua chegada à "terra do sonho e esperança".

Da história da Estátua da Liberdade e da história de Ellis Island já muito se escreveu e de certeza muito melhor do que estas palavras.

Mesmo assim, queria dizer que estivemos em Liberty Island (a Ilha da Liberdade) e ainda hoje, ao visitar estes monumentos se sente uma carga simbólica de grande dimensão.´

São bem actuais, para quem visita a Estátua da Liberdade, as palavras proferidas pelo Presidente Grover Cleveland, em 1886 aquando da inauguração :


" ... a Liberdade tem aqui a sua pátria ....."


Gostei de conhecer esta "Senhora".
Gostei de estar em Liberty Island.


(Alguma informação retirada de "ruadajudiaria.com")
(Todas as fotografias são de Teresa e Fernando / Agosto 2008)

quinta-feira, outubro 15, 2009

Comentário de um "Saloio" e "Provinciano"


Não tenho por hábito escrever sobre este tipo de assuntos.
Não tenho normalmente por hábito sentir-me ofendido, por qualquer pessoa, que diga "mal" de Portugal, ou goze com os portugueses como povo.
Depende, nem toda a gente me ofende, ou tem essa capacidade.

Agora, desculpem-me qualquer coisinha, mas a Srª Maitê Proença, não me ofendeu, como "Português", por alguns comentários mais ou menos depreciativos, que fez numa das suas visitas ao meu país, até porque também não lhe reconheço essa capacidade.

Segundo parece, e digo parece, porque também não tenho por hábito ver programas de televisão do género, e o conhecimento que tenho foi apenas adquirido das imagens que vi no Youtube, a Srª Maitê Proença, teceu comentários sobre Portugal e o seu Povo porque em algum lugar da Vila de Sintra, apenas e só estava uma placa com um número de porta, colocada ao contrário, ou ainda porque o funcionário do hotel não lhe resolveu o seu "problema informático", ou porque os portugueses são esquisitos, ou porque "Manuel" tinha bom gosto (El Rei D. Manuel).
A propósito não sabia que no Brasil, nos hoteis um dos serviços em oferta, era a assistência informática prestada por técnicos qualificados.

Não "reparou" na beleza e história da Vila de Sintra, nas referências artísticas, nas casas e monumentos, no Palácio da Vila, no Palácio da Pena,....., e apenas nesta visita, sem falar do resto do país.

Até aqui nada feriu o meu orgulho nacional. Sou superior a este tipo de comentários; até aqui, e estou a falar das imagens que vi, apenas revelavam um forte desconhecimento a tocar as franjas da ignorância (se é que não se tinha afogado já), sobre o nosso país, que é PORTUGAL e da nossa história.
A Vila de Sintra era uma "vilazinha".

Agora, não sei se me ofende ou se enoja, que a Srª Maitê Proença, tenha, "por graça" ou "por brincadeira" CUSPIDO no lago de uma fonte que se encontra num local classificado como MONUMENTO NACIONAL - Mosteiro dos Jerónimos.

Isto não me ofende mas enoja-me. Desculpem-me a expressão, tenho de baixar o nível, mas dizia eu, pela "javardice " deste tipo de acção, senti nojo.
Então eu ando a ensinar aos meus filhos, as regras da Boa Educação e de bom Comportamento em Sociedade, e esta Srª acha "engraçado" cuspir, e mostrar estas imagens no seu programa de televisão?
(Não preciso que me respondam.)

Penso que não é só a "Saia" que é "justa", mas a inteligência também não muito grande.

E depois, eu que até nem sabia nada deste assunto, se calhar estou mal informado, ainda me custa mais, e aqui sim, talvez me ofenda não só como Português, mas principalmente como pessoa, que me chamem " Provinciano", "Saloio" e até "Complexado".

Se um qualquer português, saloio, provinciano ou até complexado, ou não, fosse visto a cuspir para uma fonte que pode ser vista e visitada por milhares de pessoas de qualquer parte do mundo, que até está neste caso num monumento, ou para qualquer tipo de fonte, não faltariam críticas, conversas depreciativas e talvez fosse apelidado de "porco".
Agora à Srª Maitê Proença, temos de achar "piada".
Além de uma série de incorrecções que cometeu ao longo da pequena amostra que vi, ainda tenho de achar piada à atitude.
Por favor, um dos nossos principais problemas é acharmos, em termos gerais, que tudo o que vem de fora é que é bom e temos de ser tolerantes.
Acho que sim devemos ser tolerantes mas também devemos ser críticos, exigentes e rigorosos.
Para mim, não é uma questão de orgulho nacional. Sinto-me orgulhoso em ser "Português".
Também "brinco" com os alentejanos, quantas anedotas não temos nós. É normal, mas não é ofensivo.

Agora chamarem-me Saloio, Provinciano ou Complexado porque não aceito uma atitude de falta total de educação, isso não não aceito. Nem que fosse o Papa, o Presidente da República, chinês, russo, ou qualquer outra pessoa, isso não aceito.
Por isso, Sr. Miguel Sousa Tavares, até gosto de o ouvir, até gosto de ler o que escreve, mas desta vez, e é apenas a opinião de uma Português Saloio, desta vez não aceito os nomes que me chama, ou a classificação que faz de quem mais ou menos se sentiu "ofendido".

E já perdi muito tempo com este tipo de assunto.
Já perdi demasiado tempo com pessoas do nível da Srª Maitê Proença.

Além disso as desculpas não se pedem, evitam-se.


Ellis Island - Chegavam com Esperança


Chegavam aos milhares por mês.
Tinham deixado no seu país, a sua terra natal, uma vida muitas vezes de miséria, e o mais importante os seus filhos, a sua família.

Chegaram em busca de uma "vida", da felicidade.

Chegaram em busca de trabalho. Sabiam que tinham de trabalhar muito. Tinham a esperança de conseguir.
Vinham de toda a parte do Mundo.
Na bagagem, as suas roupas, algumas recordações da sua terra.
No coração traziam Sonhos e a Esperança. Também traziam a Ambição.

Bagagens de quem chegava à "América"

Depois de uma viagem longa e muitas vezes atribulada, mau tempo, doenças chegavam e eram recebidos pelo simbolo da Liberdade.


Estátua da Liberdade ( Liberty Island )
(Fotografia de Fernando Ferreira)

Era a primeira imagem que tinham quando chegavam à América.
Tinham dito na sua terra que iam para a América.
Chegavam finalmente à América.
A dar-lhes as boas vindas, tinham a Liberdade.
Era imponente, grandiosa esta visão.

Aqui sim tinham futuro.
Certamente esta seria a primeira imagem, aquela imagem que seria recordada durante o resto das suas vidas.

Chegavam a ELLIS ISLAND, à foz do Rio Hudson, às portas de NEW YORK.
Do outro lado do rio, ali tão perto, podiam agora ver, ainda com mais esperança, a "América". Do outro lado, desenhada ao longo da baía, estava New York.
Entre 1852 e 1954 entraram por Ellis Island cerca de 12 milhões de imigrantes. Nem todos ficaram na "América".

Entrada do Museu em Ellis Island (New York)

Após a sua chegada, eram sujeitos a rigorosos exames médicos. Em ELLIS ISLAND havia um hospital onde os que apresentavam doenças eram submetidos a tratamento até à sua cura.
Alguns eram deportados para os seus países de origem, desde que se desconfiasse de "mau comportamento", problemas com a justiça nos países de origem, ou eventualmente sem "vontade de trabalhar", bem como portadores de doenças tais como a Cólera ou Tuberculose.
Por questões de controlo ou de tratamento, se necessário procedia-se à separação de famílias, nomeadamente pais de filhos.
Depois de autorizados, partiam dali para todo o lado dos Estados Unidos da América, para refazerem as suas vidas. Talvez, um dia pudessem voltar à sua terra agora com uma qualidade de vida muito maior.
Quem tinha deixado os seus filhos, o primeiro objectivo era também "mandá-los vir para a América", para se juntarem todos.

Em 1965, esta ilha, foi integrada no Monumento da Estátua da Liberdade.

Após a sua recuperação e re-abertura em 1990, agora como museu, ELLIS ISLAND é actualmente um marco da história dos Estados Unidos da América (EUA), sendo um museu dedicado à história da imigração e ao importante papel que esta ilha teve durante as migrações no final do séc. XIX e princípio do séc. XX. No início do séc. XX, eram recebidos em Ellis Island cerca de 5000 pessoas por dia.

Ellis Island (Agosto 2008)

Ellis Island (Agosto 2008)

Visitámos Ellis Island no ano de 2008.

Do outro lado do Rio Hudson, hoje a visão embora "ligeiramente" diferente, é também de grande beleza. A "SKYLINE", a cidade de New York ergue-se em direcção aos céus.
Ainda hoje, tal como naquele dia, em que tinham pela primeira vez a visão da "América" e de New York, o limite é o céu.

Realmente é uma visita inesquecível numa cidade, também ela marcante.

Gostei de visitar a Big Apple.

Gostei de ver e estar em ELLIS ISLAND.