... JACINTO SOARES DE ALBERGARIA
O mandato
de despejo sem aviso
prévio
o laço
armado
sob a erva
(a cada passo)
o prego na raiz: o
sangue derramado
nos altos ramos
o abcesso a
chaga aberta
onde lavra
a larva
da Promessa:
que nos roi os calcanhares, se pararmos
E a palavra
pura
selada
sobre o profundo
redondo
Nada:
no terminus
desta
breve (e atónita) aventura
(Eduíno de Jesus) - 1983
Lembrei-me de colocar este poema, porque foi um dos poemas que li na minha praxe em Coimbra...
Achei piada, porque descobri este poema, num papel da época... quase pré-histórico...
SEM AVISO PRÉVIO ?
ResponderEliminarAi mundo...
Um forte abraço.
Quando fazemos limpezas, por vezes, encontramos papéis, alguns rasgados, colados, que nos fazem voltar atrás no tempo e recordar coisas que já pareciam esquecidas. Muitas das vezes são momentos muito agradáveis e que nos trazem saudade.
ResponderEliminarUm beijo
Romicas